sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Museu do Côa e os 300 mil.

O Museu está inaugurado e funciona. Na manhã do 5º dia de abertura atingiu-se o visitante-pagante nº 1000. A que se juntaram mais centena e meia até ao final do dia. E a que se devem acrescentar as centenas que durante o dia de inauguração circularam pelas suas salas (e não entram nas estatísticas). É um sucesso de público neste canto do país a que só as gravuras rupestres parecem lembrar que existe? Claro que sim. É para manter? Esperemos que sim. Mas claro que falta muita coisa, desde logo mais pessoal, pois se os que estavam no Parque Arqueológico já eram poucos para as encomendas (as tais dos 20 mil), pouquíssimos serão agora para mais esta pesadíssima responsabilidade.

Mas que interessa isso aos críticos de serviço, que continuam a apregoar como o grande labéu do Côa não termos conseguido trazer até às gravuras os tais duzentos ou trezentos mil/ano que alguém apregoou, parece que no fatídico 1998? Estaremos nós condenados a penar infinitamente este anúncio obsoleto mais do que José Sócrates as suas penúltimas e últimas promessas eleitorais de que já ninguém se vai lembrando?

Desculpem lá estas tretas de números, mas às vezes tem que ser...

1 comentário:

José Cid disse...

Caro António Martinho
Embora só nos tenhamos conhecido de "raspão" aquando da visita ao terreno destinado ao Museu do Côa - era um dos vinte e tal arquitectos presentes nesse dia e certamente - de há muito que acompanho o seu trabalho e em particular, a defesa do Vale do Côa e da importância da sua arte rupestre, na qual também me empenhei na medida das minhas possibilidades, nos idos de 1995 e 1998.
Vem isto a propósito do Museu agora inaugurado, obra que julgo notável apesar de ainda a não ter podido visitar e cujo processo de concurso e edificação também me pareceu exemplar, apesar de todas as dificuldades que se foram percebendo.
Parabens também aos seus jovens autores.
O Museu será uma peça fundamental para o apoio aos visitantes e para a divulgação da arte do Côa, afinal o primeiro objectivo de todos os que se empenharam na sua defesa, sobretudo os arqueólogos que "deram a cara"!...e que eventualmente são mais ou esquecidos nesta altura de festa e cerimónias inaugurais.
Pela minha parte, Parabens!...
Um abraço
José Cid