quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Novas edições do Parque Arqueológico do Vale do Côa


No âmbito das comemorações dos 10 anos da classificação da arte do Côa como Património da Humanidade pela UNESCO, o Parque Arqueológico do Vale do Côa editou nas últimas semanas um lote de novas publicações, o que, em tempos de crise, pensamos que demonstra bem a vitalidade da instituição. E dando sequência à bem conhecida "orientação" do nosso Ministro da Cultura, no PAVC tem sido possível "fazer mais e melhor com menos dinheiro". Aliás, sem dinheiro nenhum! 
Assim, toda esta série de novas publicações (que dão sequência à publicação, em colaboração com a ACDR de Freixo de Numão, dos 4 volumes de Actas do Congresso de 2006 que já aqui apresentei em anterior post) tem sido conseguida com o apoio esclarecido da Associação de Municípios do Vale do Côa, que tem assegurado a comparticipação financeira nacional das candidaturas a fundos comunitários canalizados através da antiga AIBT do Vale do Côa e CCDRCentro (e aqui devo louvar o apoio militante do nosso amigo Dr. Joaquim Felício).
Mas vamos ao enunciado do que temos publicado nestas últimas semanas e que é já disponibilizado nos serviços do Parque.

Quatro roteiros de apresentação dos quatro sítios em visita pública no território do Parque, respectivamente da Ribeira de Piscos, Penascosa, Fariseu e Canada do Inferno. Todos estes novos roteiros sintetizam as características de cada sítio, não só arqueológicas mas também do património natural de cada um deles, bem como das suas condições de visitação. E porque o Parque Arqueológico tem um tipo muito diversificado de visitante tanto nacional como internacional, de todos e cada um se fizeram edições autónomas nas quatro línguas mais faladas pelos nossos visitantes: português, espanhol, francês e inglês:





Um livro (edição em português) de Luís Luís, que se pretende seja um bem ilustrado "Guia para Visitantes", condensa em 148 páginas a pequena e a grande história da arte do Côa, sumariando com o necessário rigor arqueológico, a investigação das equipas do antigo Centro Nacional de Arte Rupestre e do PAVC:
Uma apresentação, numa edição bilingue em português e inglês, da Oficina de Arqueologia Experimental dos serviços educativos do PAVC, que tanto sucesso tem tido em particular junto do público escolar (e não só):

"No rasto dos caçadores paleolíticos", é uma edição, para já só em português, que procura contextualizar o tipo de vida e os quotidianos dos caçadores-artistas do Vale do Côa, com observações feitas a partir das escavações de alguns dos seus sítios de habitat (Cardina, Fariseu, planalto das Pedras Altas...), que demonstram uma ocupação sucessiva da região ao longo de toda a segunda metade do Paleolítico superior. E que orientará o visitante-caminheiro que melhor queira conhecer os horizontes geográficos do homem fóssil do Côa:

Uma interessante reedição do catálogo de uma exposição que realizámos há já três anos, sobre "Arte e Arqueologia em Vila Nova de Foz Côa", onde são pontualizados 13 sítios arqueológicos, hipóteses alternativas de visitas na região, que vão muito para além da arte rupestre paleolítica:

E a mais recente edição (ainda só em português), apresentada sábado passado (10) na gélida e bela aldeia de Cidadelhe (Pinhel) entre um cálice de Porto e a música tradicional do grupo Trovas da Beira, um roteiro ilustrado em torno do território do Parque Arqueológico (aqui tomado, e justamente, como uma paisagem de liberdade) e conduz o visitante que se demore na região, entre a Malcata e o Planalto Mirandês:

Esta série de publicações continuará amanhã em Freixo de Numão, aqui mais uma vez com a colaboração da dinâmica ACDR local, onde lançaremos os 4 volumes de Actas do último dos nossos Congressos de Arqueologia (o de 2007). E esperemos prossiga em Vila Nova de Foz Côa, já no dia 25, com a apresentação do meu próximo livro sobre o Vale do Côa e a Arte Paleolítica de ar livre em Portugal, que razões técnicas impediram fosse lançado no passado mês de Dezembro, como chegou a estar agendado. 

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